quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Defesa e Crítica ao Movimento Sem Terra Segundo Ideias Filosóficas

Defesa e Crítica ao Movimento Sem Terra

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um movimento político-social brasileiro que busca a reforma agrária. Teve origem na oposição ao modelo de reforma agrária imposto pelo regime militar, principalmente nos anos 1970, que priorizava a colonização de terras devolutas em regiões remotas, com objetivo de exportação de excedentes populacionais e integração estratégica. Contrariamente a este modelo, o MST busca fundamentalmente a redistribuição das terras improdutivas (“muitas terras nas mãos de poucos e poucas terras nas mãos de muitos”).

Mas se tratando de Adam Smith e seu liberalismo econômico, em seu livro “A Riqueza das Nações” as principais ideias do liberalismo econômico: a prosperidade econômica e a acumulação de riquezas não são concebidas através da atividade rural e nem comercial, mas sim através do trabalho livre, sem nenhum agente regulador ou interventor. Ou seja, eles lutam, saem nas mídias, causam tumultos desnecessários em um país onde não temos o luxo de dinheiro e tempo para discutir assuntos supérfluos às demandas nacionais. E contrapondo-se ainda mais ao MST Adam Smith define que independente de terem ou não a intenção, as pessoas ajudam umas às outras, no intuito de auxiliar a si mesmas. Segundo esse pensamento, até mesmo os mais gananciosos levam, frequentemente, aos mais favoráveis resultados para todos. Considera-se este o trabalho da “mão invisível” da Providência que no contexto MST e latifundiários deveria ser posto para funcionar, realizando assim algo ideal e pondo fim a estes conflitos.

Mas com os ideais expressos por outro filósofo, no caso de Rousseau podemos defender o Movimento Sem Terra. Primeiramente para Rousseau a origem da desigualdade entre os homens surge na noção de propriedade particular criado pelo próprio e o sentimento de insegurança com relação aos demais seres humanos. O Discurso sobre a origem da desigualdade, Rousseau cria a hipótese segundo a qual os indivíduos viviam sadios, bons e felizes em estado de natureza, cuidando de sua própria sobrevivência, até o momento em que surge a propriedade e uns passaram a trabalhar para outros gerando escravidão e miséria, gerando então, uma desigualdade social a partir da distribuição de terras, de bens e propriedades. Se pararmos e passarmos a refletir que “os frutos são de todos, e a terra de ninguém” começaremos ai a entender e a gostar dos ideais desse movimento. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por exemplo, têm como uma de suas principais funções questionarem e reverem os direitos de propriedade e promover a justiça social, tendo como principais objetivos construir uma sociedade sem exploradores e onde o trabalho tem supremacia sobre o capital além de garantir trabalho a todos, com justa distribuição da terra, da renda e das riquezas.


Por fim conclui-se que é muito difícil escolher qual lado está certo e qual está errado, mas entende-se que continuar do jeito que está não é algo saudável para a sociedade, não só para aquela envolvida no conflito, mas em toda a sociedade brasileira que sente tudo o que acontece, pois se afeta o pobre acabará por afetar rico, é um dominó que vai caindo infinitamente tomando sempre proporções maiores.

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